Argentina realiza eleições legislativas decisivas para o governo Milei neste domingo

  • 25/10/2025
(Foto: Reprodução)
Argentinos vão às urnas para renovar parte do Congresso Reprodução/TV Globo Os argentinos vão às urnas neste domingo (26) renovar parte do Congresso, em uma eleição crucial para a agenda econômica do presidente Javier Milei. Os eleitores estão na contagem regressiva das eleições legislativas de olho em temas como o preço dos alimentos. Javier Milei assumiu a presidência em dezembro de 2023. Naquele momento, a inflação anual da Argentina estava em 211%. Com um forte ajuste econômico e corte de gastos públicos, a inflação caiu e agora está em 31%. Mas inflação menor significa que os preços sobem menos, não que eles caiam. No principal centro de comércio de frutas e legumes do país, a reclamação ainda é grande. "É impossível viver com essa inflação", diz uma aposentada. O diretor do Departamento de Economia da Universidade Católica Argentina, Ignacio Warnes, explica que a maioria dos planos anti-inflacionários tem algum caráter recessivo e que, para frear a alta dos preços, muitas vezes há efeitos colaterais. Ele diz que, enquanto a inflação teve uma queda muito grande na Argentina, o desempenho de áreas como consumo e emprego não foi bom. É nesse contexto que o presidente Javier Milei enfrenta, neste domingo, uma eleição crucial para o futuro de seu governo. Milei precisa garantir um Congresso que aprove reformas econômicas e devolva confiança à gestão, que está em falta. Nesta semana, os argentinos agiram como muitas vezes antes na história do país: compraram dólares para se proteger. O dólar já subiu mais de 50% no último ano na Argentina. E o medo é que uma derrota de Milei desvalorize ainda mais o peso. Nos últimos dias, esse temor levou a cotação ao limite máximo da faixa de flutuação. Nem o acordo de US$ 20 bilhões com os Estados Unidos, firmado na segunda-feira (20), acalmou os ânimos. O Banco Central argentino vendeu dólares das reservas internacionais para aumentar a oferta e evitar uma disparada da cotação, uma intervenção que não combina com a proposta liberal do governo Milei. O economista Alexandre Schwartsman diz que a estratégia de usar o câmbio para controlar a inflação já se mostrou ineficaz mais de uma vez. "Você fica dependendo demais da muleta do câmbio ao invés de tentar um instrumento mais adequado, que seria política monetária, um regime de metas para inflação", afirmou. "Muito embora a inflação tenha caído – e tem que reconhecer –, tem muito chão para, de fato, falar que o país conseguiu estabilizar os preços". "A gente precisaria ter uma inflação pelo menos em um único dígito em termos anuais para começar a discutir uma inflação mais estável. Isso a gente ainda não vê há muitos anos". Entre os argentinos, o fantasma do passado mora no futuro. "Aqui nunca podemos nos sentir seguros. E, além disso, essa realidade também não me inspira muita confiança", diz uma eleitora. LEIA TAMBÉM: Trump aumenta para 80 mil toneladas cota de importação de carne bovina da Argentina com imposto reduzido Chanceler da Argentina entrega renúncia a Milei

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/10/25/argentina-realiza-eleicoes-legislativas-decisivas-para-o-governo-milei-neste-domingo.ghtml


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